O primeiro temor é sobre o fim do aluguel.
Boa parte dos proprietários já observam uma debandada de inquilinos.
Muitas empresas sentiram que seus funcionários se adaptaram bem ao home office e decidiram adotar o trabalho remoto como algo permanente.
Esta, porém, é apenas uma questão de renovação de mercado.
As pessoas não pararam de comprar carros por causa dos aplicativos de carona.
Grandes centros de construção, que gastam fortunas alugando espaços quilométricos, já começaram a optar pela sublocação.
Dividir aquele espaço enorme com um lojista parceiro é uma opção economicamente viável, pois fica mais barato para os dois, e também atende às expectativas dos clientes.
A loja vira um cartão de visitas. Ao invés do home center vender móveis planejados, ele reduz seu preço de aluguel ao sublocar para uma loja de móveis.
É preciso enxergar o setor como um todo, e isso só é possível a partir de dados e informações.
Se houve queda no número de compra de imóveis, por outro lado, a quantidade de reformas aumentou. Tudo é uma questão de equilíbrio e de saber analisar a situação e as tendências com um olhar mais analítico.
Boa parte das novidades desse momento vieram para ficar. A construção civil raramente dá um passo em falso – até por isso, ela caminha devagar.
O que deve permanecer é a necessidade de atendimentos mais ágeis, como a possibilidade de fazer orçamentos de materiais pela internet e o delivery de materiais, e o relacionamento com o cliente a partir do digital.
Se era difícil encontrar marcas e lojas de materiais de construção nas redes sociais, hoje esses contatos estão muito mais acessíveis.
A informatização do mercado é algo que vem sendo cada vez mais destacado, afinal, é a partir de dados que são feitos os maiores investimentos.
O proprietário de um imóvel precisa saber quanto se cobra de aluguel em determinada região, assim como é interessante para uma loja de materiais de construção saber que uma construtora está levantando um prédio.
Essa troca enriquece todo o setor, permitindo que a indústria seja mais assertiva em sua produção, o comércio não venda produtos com preço inflacionado e o consumidor pague mais barato.
Por fim, é importante destacar o papel importantíssimo da construção civil como motor da economia.
Por ter uma cadeia enorme de produção que envolve os três setores – indústria, comércio e prestação de serviços – este é um setor que merece ser valorizado.
Fonte: Jornal Contábil